POLÍCIA FEDERAL DEFLAGRA OPERAÇÃO CONTRA CRIMES PREVIDENCIÁRIOS NO MARANHÃO

Policiais cumpriram mandados de prisão e busca e apreensão.


A Força-Tarefa Previdenciária, formada pela Polícia Federal e pela Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social (CGINP), deflagrou, na manhã desta quinta-feira (06), a Operação Cambiante, com a finalidade de reprimir crimes contra o sistema previdenciário praticados por uma associação criminosa em São Luís e Colinas - MA.

A investigação conduzida pela Polícia Federal, no Estado do Maranhão, iniciada no ano de 2020, levou à identificação de um extenso esquema de fraudes. O esquema envolvia tanto a falsificação de documentos utilizados para requerer o benefício de amparo social ao idoso, cujos titulares seriam pessoas fictícias criadas virtualmente, quanto a adoção de providências para a manutenção de benefícios, outrora regulares, cujos titulares já haviam falecido. Estas providências incluíam a realização de provas de vida, saques indevidos de parcelas mensais, transferências de local e forma de pagamento, causando vultoso dano aos cofres públicos.

De acordo com cálculos efetuados pela Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social (CGINP), o prejuízo inicialmente identificado, apenas com o pagamento de 52 benefícios ativos na competência de abril de 2024, aproxima-se de R$ 8,4 milhões. A economia projetada com a futura suspensão dos benefícios, considerando a expectativa de sobrevida do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), pode atingir a cifra de R$ 4,6 milhões.

No total, 32 policiais federais cumpriram nove mandados de busca e apreensão e uma prisão preventiva. Dentre as medidas cautelares deferidas, constam ainda a determinação para o afastamento do sigilo bancário, financeiro e fiscal dos investigados, bem como o arresto de bens e veículos em nome dos envolvidos.

Os envolvidos estão sendo investigados pela prática dos crimes de estelionato previdenciário, associação criminosa e falsificação de documento público, todos do Código Penal, além de lavagem de ativos. As penas de reclusão podem chegar a 24 anos de prisão.

O nome da Operação, que significa aquilo que promove ou passa por mudanças, é uma referência ao modo de atuação empregado pela organização criminosa. Os idosos cooptados para se passarem pelos titulares falecidos ou fictícios tinham a sua identidade alterada de acordo com a necessidade. Veja a reportagem completa, clicando no vídeo abaixo:








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